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Maria


Maria Mãe de Deus.

(Martinho Lutero, ”Comentário do Magnificat”, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista ”Jesus vive e é o Senhor”).
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Mãe de Deus

”Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar bastante (nunca poderemos exaltar o suficiente), a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade.” Martinho Lutero

”Por justiça teria sido necessário encomendar-lhe [para Maria] um carro de ouro e conduzi-la com quatro mil cavalos, tocando a trombeta diante da carruagem, anunciando: ‘Aqui viaja a mulher bendita entre todas as mulheres, a soberana de todo o gênero humano’. Mas tudo isso foi silenciado; a pobre jovenzinha segue a pé, por um caminho tão longo e, apesar disso, é de fato a Mãe de Deus. Por isso não nos deveríamos admirar, se todos os montes tivessem pulado e dançado de alegria.” (Martinho Lutero – Comentário do Magníficat).

(Martinho Lutero, ”Comentário do Magnificat”, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista ”Jesus vive e é o Senhor”).

Veja muitos detalhes sobre este assunto “Link aqui na Virgem
La Virgen Maria en las religiones no católicas.
La Virgen Maria.

Elbson do Carmo

Lendo as palavras acima, ditas por Martinho Lutero, o “reformador” protestante. Ficamos a nos perguntar quais as razões do tratamento dispensado pelo mesmo protestantismo a Nossa Senhora, Mãe de Deus. Haja vista, Lutero baniu a Igreja de sua confissão, mas não fez o mesmo com Maria, da qual se refere de forma devotada e amorosa em diversos de seus escritos:
”Por justiça teria sido necessário encomendar-lhe [para Maria] um carro de ouro e conduzi-la com quatro mil cavalos, tocando a trombeta diante da carruagem, anunciando: ‘Aqui viaja a mulher bendita entre todas as mulheres, a soberana de todo o gênero humano’. Mas tudo isso foi silenciado; a pobre jovenzinha segue a pé, por um caminho tão longo e, apesar disso, é de fato a Mãe de Deus. Por isso não nos deveríamos admirar, se todos os montes tivessem pulado e dançado de alegria.” (Martinho Lutero – Comentário do Magníficat).
O sentimento antimariano que presenciamos entre os protestantes não faz parte do verdadeiro ideal da Reforma, mas surgiu pelo falso receio de que o ”brilho” de Maria pudesse sombrear ou apagar a verdadeira Luz, que é Jesus Cristo. Graças a Deus, hoje podemos enxergar mudanças em alguns fiéis e teólogos evangélicos, reconhecendo o verdadeiro sentido e valor da Santa Mãe de Deus, tal como defende a Igreja Católica. Mas essa mudança ainda custa a se fazer sentir no nosso dia-a-dia.
O presente e-book (livro eletrônico), versa justamente sobre as contestações suscitadas a respeito da figura de Maria na história e na Vida da Igreja universal. Contestações que muitas vezes beiram o absurdo quando notamos um comportamento notadamente antimariano, onde se chega a “demonizar” a própria Mãe de Jesus, nosso Salvador. Outrossim, tais contestações são apresentadas de forma aparentemente fundamentada, com diversas citações bíblicas escolhidas convenientemente, com uma linguagem extremamente sedutora em tentar provar o contrário daquilo que o próprio Deus sacramentou como verdade. Deus não precisava de Maria, quis precisar. Não para qualquer tarefa, mas para ser a Mãe do Salvador de todos os homens, independentemente de credo desses últimos.
O autor do livro, o nosso jovem Carlão, nos conduz passo a passo, numa linguagem acessível e com uma objetividade notável, pelos caminhos desse estudar nos passos de Maria. Sua bem fundamentada resposta às proposições de um pastor protestante – autor de um livro intitulado “Caminhando nos Passos de Maria” – se vê robustecida pelo claro objetivo de elucidar ao invés de confrontar, de corrigir com caridade ao invés de desqualificar.
Receber a caridosa oferta do Carlão para que seu “pequeno grande” livro fosse veiculado através do Portal Universo Católico, foi alvissareira. Numa comunicação posterior, o mesmo me informava que aguardava a aprovação eclesiástica do livro, para que o mesmo me fosse remetido, o que despertou curiosidade. Mas de posse do material prévio para publicação, devidamente autorizada por D. Alano Maria Pena (Arcebispo de Niteroi – RJ), a emoção primeira se verteu num estado de graça, de alguém que recebia uma benção especial. Um verdadeiro presente de Jesus e Nossa Senhora. Uma grata oportunidade de levar a tantos de meus irmãos católicos e especialmente aos irmãos evangélicos, uma obra que certamente os ajudará a elucidar muitas dúvidas, ou a desfazer-se de vários preconceitos.
”Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (João Calvino, Comm. Sur l’Harm. Evang.,20)
Por fim, fica o meu convite a sua leitura. Você poderá solicitar do autor um exemplar impresso. Mas poderá também imprimir, copiar, enviar via e-mail aos seus amigos, tudo isso citando a fonte e o contato do autor. Seja bem vindo a esse estudo nos passos de Maria.
Fontes:

http://paroquiasaofrancisco.com/Diversos/MaedeDeusporMartinhoLutero.htm

MARIOLOGIA –

Paróquia São Francisco – Natal – Rn

Curiosidade:

Genebra – Suiça – parede dos Reformadores.

Mais  alguns comentários do próprio Lutero que jamais abandonou Maria até o fim de sua vida.

(Martinho Lutero – Comentário do Magníficat).


“Cristo era o único filho de Maria. Das entranhas de Maria, nenhuma criança além dEle. Os ‘irmãos’ significam realmente ‘primos’ aqui: a Sagrada Escritura e os judeus sempre chamaram os primos de ‘irmãos’.” (Martinho Lutero, Sermões sobre João 1-4, 1534-39)
“Cristo, nosso Salvador, foi o fruto real e natural do ventre virginal de Maria. Isto se deu sem a cooperação de um homem, permanecendo virgem depois do parto.” (Martinho Lutero, idem.)
“Deus diz: ‘o filho de Maria é meu Filho somente.’ Desta forma, Maria é a Mãe de Deus.” (Martinho Lutero, Ibidem)
“Deus não recebeu sua divindade de Maria; todavia, não segue que seja conseqüentemente errado afirmar que Deus foi carregado por Maria, que Deus é filho de Maria, e que Maria é a Mãe de Deus. Ela é a Mãe verdadeira de Deus, a portadora de Deus. Maria amamentou o próprio Deus; ele foi embalado para dormir por ela, foi alimentado por ela, etc. Para o Deus e para o Homem, uma só pessoa, um só filho, um só Jesus, e não dois Cristos. Assim como o seu filho não são dois filhos… Mesmo que tenha duas naturezas.” (Martinho Lutero, “Nos Conselhos e na Igreja”, em 1539)
“É cheia de graça, proclamada para ser inteiramente sem pecado, algo tremendamente grande. Para que fosse cheia pela graça de Deus com tudo de bom e para fazê-la vitoriosa sobre o diabo.” (Martinho Lutero, Livro Pessoal de Oração, 1522)
A veneração de Maria está inscrita no mais profundo do coração humano.” (Martinho Lutero, Sermão em 1º de setembro de 1522.)
“Maria é a mulher mais elevada e a pedra preciosa mais nobre no Cristianismo depois de Cristo… Ela é a nobreza, a sabedoria e a santidade personificadas. Nós não poderemos jamais honrá-la o bastante. Contudo, a honra e os louvores devem ser dados de tal forma que não ferem a Cristo nem às Escrituras.” (Martinho Lutero, Sermão na Festa da Visitação em 1537.)
“Nenhuma mulher é como tu! És mais que Eva ou Sara, sobretudo, pela nobreza, bem-aventurança, sabedoria e santidade!” (Martinho Lutero, Sermão na Festa da Visitação em 1537.)
“Devemos honrar Maria como ela mesma desejou e expressou no Magnificat. Louvou a Deus por suas obras. Como, então, podemos nós a exaltá-la? A honra verdadeira de Maria é a honra a Deus, louvor à graça de Deus. Maria não é nada para si mesma, mas para a causa de Cristo. Maria não deseja com isso que nós a contemplemos, mas, através dela, Deus.” (Martinho Lutero, Explicação do Magnificat, em 1521.)
Lutero vai além: dá à Bem-Aventurada Virgem Exaltada a posição de “Mãe Espiritual” para os cristãos.
“É a consolação e a bondade superabundante de Deus, o homem pode exultar por tal tesouro: Maria é sua verdadeira mãe, Jesus é seu irmão, Deus é seu Pai.” (Martinho Lutero, Sermão de Natal de 1522.)
“Maria é a Mãe de Jesus e a Mãe de todos nós, embora fosse só Cristo quem repousou no colo dela… Se ele é nosso, deveríamos estar na situação dele; lá onde ele está, nós também devemos estar e tudo aquilo que ele tem deveria ser nosso. Portanto, a mãe dele também é nossa mãe..” (Martinho Lutero, Sermão de Natal de 1529.)

Fontes:

Veja mais em, com Prof. Felipe de Aquino:
Lutero, os Reformadores e Nossa Senhora
Publicado por Tht em 13/5/2008

As Três Ave-Marias


Como Santa Matilde suplicasse à Santíssima Virgem que a assistisse na hora da morte, ouviu que a benignissima Senhora lhe disse: “Sim o farei; mas quero que por sua parte me rezes diariamente três Ave-Marias.
A primeira, pedindo que assim como Deus Pai me elevou a um trono de glória sem igual, fazendo-me a mais poderosa no céu e na terra, assim também eu te assista na terra para fortificar-te e afastar de ti toda potestade inimiga.
A segunda Ave-Maria me pedirás que assim como o Filho de Deus me concedeu a sabedoria, em tal extremo que tenho mais conhecimento da Santíssima Trindade que todos os Santos, assim eu te assista na passagem da morte para encher tua alma das luzes da fé e da verdadeira sabedoria, para que não a obscureçam as trevas do erro e ignorância.
A terceira, pedirás que assim como o Espirito Santo me concedeu as doçuras de seu amor, e me tem feito tão amável que depois de Deus sou a mais doce e misericordiosa, assim eu te assista na morte enchendo tua alma de tal suavidade de amor divino, que toda pena e amargura da morte se troque para ti em delicias.”
A prática desta devoção consiste em rezar todos os dias três Ave-Marias agradecendo à Santíssima Trindade os dons de Poder, Sabedoria e Amor que outorgou à Virgem Imaculada, e pedindo a Maria que use deles em nosso auxílio.
Todos os dias, rezar o seguinte:
Maria, Mãe minha; livrai-me de cair em pecado mortal!
1- Pelo o Poder que te concedeu o Pai Eterno.
Rezar um Ave-Maria.
2- Pela Sabedoria que te concedeu o Filho.
Rezar um Ave-Maria.
3- Pelo Amor que te concedeu o Espirito Santo.
Rezar um Ave-Maria.

Como rezar a Coroa das Dores de Nossa Senhora

Esta coroa, na verdade, é um “tercinho” formado por sete “mistérios”, contendo cada um, sete contas. Em cada “mistério” contempla-se uma dor de Maria Santíssima.
ORAÇÃO INICIAL
Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em promover a memória e o culto de Vossas Dores. Vosso Divino Filho tem vinculado à devoção de Vossas Dores, particulares graças para uma sincera penitência, oportunos auxílios e socorros em todas as necessidades e perigos. Alcançai-nos, Senhora, de vosso Divino Filho, pelos méritos de Vossas Dores e Lágrimas, a graça…
01 Creio, 01 Pai-Nosso e 03 Ave-Marias em honra da Santíssima Trindade
1ª dor: A PROFECIA DE SIMEÃO - Pela dor que sofrestes ao ouvir a profecia de Simeão, de que uma espada de dor transpassaria o Vosso Coração, Mãe de Deus, ouvi a nossa prece!
Pai Nosso…. 7 Ave-Marias….. Glória…
2ª dor: A PERSEGUIÇÃO DE HERODES E A FUGA DA SAGRADA FAMÍLIA - Pela dor que sofrestes quando fugistes para o Egito, apertando ao peito virginal o Menino Jesus, para o salvar das fúrias do ímpio Herodes, Virgem Imaculada, ouvi a nossa prece!
Pai Nosso… 7 Ave-Marias-… Glória…
3ª dor: A PERDA DO MENINO JESUS NO TEMPLO DE JERUSALÉM - Pela dor que sofrestes quando da perda do Menino Jesus por três dias, Santíssima Senhora, ouvi a nossa prece!
Pai Nosso…. 7 Ave-Marias… Glória…
4ª dor: O ENCONTRO DESTA MÃE ADMIRÁVEL COM SEU FILHO, CARREGANDO A CRUZ, NO CAMINHO DO CALVÁRIO - Pela dor que sofrestes quando viste O querido Jesus com a Cruz ao ombro, a caminho do Calvário, Virgem Mãe das Dores, ouvi a nossa prece!
Pai Nosso…. 7 Ave-Marias … Glória…
5ª dor: A CRUCIFIXÃO DE NOSSO SENHOR - Pela dor que sofrestes quando assististes à morte de Jesus, crucificado entre dois ladrões, Mãe da Divina Graça, ouvi a nossa prece!
Pai Nosso… 7 Ave-Marias… Glória…
6ª dor: QUANDO RECEBEU NOS SEUS BRAÇOS O CORPO DE JESUS CRISTO, DESCIDO DA CRUZ - Pela dor que sofrestes quando recebestes em vossos braços o corpo inanimado de Jesus, descido da Cruz, Mãe dos Pecadores, ouvi a nossa prece!
Pai Nosso… 7 Ave-Marias … Glória…
7ª dor: QUANDO DEPOSITOU JESUS NO SEPULCRO, FICANDO ELA EM TRISTE SOLIDÃO - Pela dor que sofrestes quando o corpo de Jesus foi depositado no sepulcro, ficando Vós na mais triste solidão, Senhora de Todos os Povos, ouvi a nossa prece.
Pai Nosso… 7 Ave-Marias… Glória…
ORAÇÃO FINAL
Dai-nos, Senhora, a graça de compreender o oceano de angústias que fizeram de Vós a “Mãe das Dores”, para que possamos participar de Vossos sofrimentos e Vos consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade. Choramos convosco, ó Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrarmos convosco no céu. Amém.

Como rezar a Coroa das Lágrimas de Nossa Senhora

Esta coroa também pode ser rezada em em um Terço de Sete “mistérios” com sete contas cada um
ORAÇÃO INICIAL
Eis-nos aos Vossos pés, ó dulcíssimo Jesus Crucificado, para Vos oferecer as Lágrimas d’Aquela que, com tanto amor, Vos acompanhou no caminho doloroso do Calvário. Fazei, ó bom Mestre, que nós saibamos aproveitar a lição que elas nos dão, para que, realizando a Vossa Santíssima Vontade na terra, possamos um dia Vos louvar por toda a eternidade nos céus. Amém.
Nas contas maiores:
Vede, ó Jesus, que são as Lágrimas d’Aquela que mais Vos amou na terra…
E que mais Vos ama no céu.
E nas contas menores:
Meu Jesus, ouvi os nossos rogos.
Pelas lágrimas de Vossa Mãe Santíssima.
No final (três vezes):
Vede, ó Jesus, que são as lágrimas daquela que mais Vos amou na terra e que mais Vos ama no céu.
ORAÇÃO FINAL
Virgem Santíssima e Mãe das Dores, nós Vos pedimos que junteis os Vossos rogos aos nossos, a fim de que Jesus, Vosso Divino Filho, a quem nos dirigimos, em nome das Vossas Lágrimas de Mãe, ouça as nossas preces e nos conceda, com as graças que desejamos, a Coroa Eterna. Amém.

 Novena em louvor a Nossa Senhora da Agonia

A Novena é um tempo forte de oração, em que durante nove dias suplicamos ou elevamos nossa ação de graças a Deus.
Os devotos de Maria celebram, com muita confiança e fervor, as novenas de suas festividades. E, durante elas, a Santíssima Virgem lhes dispensa, com muito amor, graças inúmeras e especialíssimas.
•  Nesse período de oração mais intensa, devemos nos esforçar para aprofundarmos a nossa vida cristã com uma decisão pessoal de conversão, vivendo a verdadeira caridade, não só dentro de nossas famílias, como também na comunidade e no nosso ambiente de trabalho.
• A Novena deve nos levar à Comunhão freqüente, se possível diária, pois nada existe de mais agradável e precioso aos olhos da Santíssima Virgem, do que ver seus filhos recebendo dignamente Jesus, através da Santa Eucaristia, que é o centro e a fonte da graça.
• Nesse esforço de conversão, durante a Novena, é muito importante assumir o propósito de se corrigir de algum defeito mais acentuado, pedindo perdão a Deus das culpas passadas e procurando o sacramento da Confissão.
• Deve-se também, durante este tempo de oração, impor-se alguma mortificação exterior, como jejum ou abstinência. São muito importantes também as mortificações interiores, tais como abster-se de ver e ouvir curiosidades, servir-se da prática de retiro, de silêncio, de obediência, evitar a impaciência nas respostas, suportar as contrariedades e outros exercícios piedosos.
• Será muito agradável a Deus, se durante esses nove dias, nos aprofundarmos na imitação das virtudes de Maria, tais como a pureza, a humildade, a caridade, a obediência, o desapego das coisas do mundo, procurando viver, a cada dia, a santidade.
1º DIA
Eis-me diante de Vós, ó Santa Mãe de Deus, Mãe Fortíssima que Vos comprazeis em ser invocada como a SENHORA DA AGONIA.
Convosco me coloco aos pés da Cruz, onde Jesus, com Suas palavras divinas, nos estertores da morte, fez de Vós o nosso último dom: – “EIS TUA MÃE”.
Não posso esquecer jamais esse dom precioso. Sois minha Mãe, minha Mãe Querida, e bem sabeis o motivo que me leva a começar hoje essa novena de orações. Conheceis minhas necessidades, minhas misérias e humilhações, meus medos e angústias; vinde então depressa em meu socorro!
Vinde também em meu auxilio, ó Santo Apóstolo João, pequeno e corajoso discípulo, amigo sincero de Jesus, que não O traístes, nem O negastes, nem fugistes como os outros, mas estivestes com Maria aos pés de Sua Cruz. Ó discípulo predileto, dignai-Vos rezar, juntamente comigo, estes nove dias e ensinai-me a abrir as portas do meu coração e do meu lar a esta Santa Mãe, que quer ensinar-nos a fazer a vontade de Deus, mostrando-nos que os planos divinos são sempre mais belos e perfeitos que os nossos próprios. Por isso, Poderosa Rainha, renuncio a minha vontade e dou-a inteiramente a Vós.
Ó Senhora da Agonia, sabendo que são muitos os que têm recorrido a Vós com confiança e têm sido por Vós beneficiados, sinto em mim uma nova esperança, um forte desejo de invocar Vosso socorro, e uma certeza de que não serei eu, a única criatura a ser por Vós desamparada.
Nossa Senhora da Agonia, eu confio em Vós!
Ave-Maria e 3 x Glória
2º DIA
Eu Vos saúdo Santíssima Virgem, Rainha dos Mártires, Senhora da Agonia.
Que os Anjos do Paraíso, os Santos Apóstolos e todos os Mártires, por mim, louvem e agradeçam a Deus que Vos constituiu Refúgio dos Perdidos e Esperança dos Miseráveis, dando, assim, até aos mais desesperados a esperança de salvação.
Ó Senhora da Agonia, Vós quisestes demonstrar o imenso anseio que tendes em socorrer os mais degradados pecadores, quando escolhestes para edificar o Vosso templo em Portugal, o antigo Morro da Forca, que tal como o Calvário, servia para supliciar os condenados à pena de morte. E, de lá do Vosso trono, exercendo Vosso ofício de Advogada dos Pecadores, abristes o Vosso dulcíssimo coração à dor de todos os Vossos filhos. Que sobre mim também repouse o olhar da Vossa misericórdia! Não digais que minha causa é muito difícil de ganhar, pois sei que Deus sempre ouve a Vossa oração, porque Vos quis junto de Seu Filho, unida a Ele para sempre.
Eu me entrego a Vós, na confiança de que não ficarei decepcionado (a) em minha súplica.
Nossa Senhora da Agonia, rogai por nós!
Ave-Maria e 3 x Glória
3º DIA
Eu Vos saúdo, Mãe Dolorosa, Alívio dos Aflitos, Senhora da Agonia.
Sejam benditas, ó Estrela do Mar, as Vossas mãos que alcançam de Deus e distribuem aos homens tantas graças, milagres e prodígios em benefício da salvação do mundo.
Vós que, em terra de pescadores, sois a protetora dos que vivem a desbravar o mar, tomai também o leme do barco da minha vida que está a assoprar. Vós sois a ajuda poderosa, que Deus oferece a toda a humanidade, a fim de levá-la a retomar o caminho do bem, da verdade e do amor.
Abandono-me, então, às correntes da Vossa misericórdia, abro-Vos o meu coração e em meio às fadigas, ao tumulto e às lutas de minha vida, eu busco-Vos, chamo-Vos e rogo-Vos que me alcanceis a graça de que tanto necessito.
Nossa Senhora da Agonia, socorrei-me sem demora!
Ave-Maria e 3 x Glória
4º DIA
Eu Vos saúdo, Mãe das Angústias, Virgem Poderosa, Senhora da Agonia.
Que Vos bendiga toda a multidão de Vossos devotos da terra inteira, que bem sabem do poder que Deus deu a Vós, Mãe de Misericórdia, para cuidar da nossa salvação.
Ó Senhora da Agonia, Vós que, no meio da noite escura, dáveis no Vosso monte, um sinal de luz, mostrando a direção da terra firme aos náufragos, que sem nada enxergar, tentavam sair das águas salgadas do abismo, resplandecei também para mim. Deixai que a Vossa claridade penetre agora as minhas trevas. Tornai viva a luz da Vossa presença.
Coloco minha vida em Vossas mãos e, na escuridão da noite em que me encontro, ergo os meus braços para Vós, buscando-Vos, chamando-Vos e rogando-Vos que me alcanceis a graça que tanto espero.
Nossa Senhora da Agonia, eu me entrego confiante a Vós!
Ave-Maria e 3 x Glória
5º DIA
Eu Vos saúdo, Mãe do Criador, Virgem digna de todo o louvor, Senhora da Agonia.
Seja sempre exaltada a infinita bondade de Deus, que Vos constituiu a Tesoureira de Seus Bens e a Despenseira de Suas Graças, para que pudésseis ajudar Vossos filhos a entrarem no caminho estreito que leva à salvação.
Ó Senhora da Agonia, Vós, com este título, ficastes por quase dois séculos reinando somente em Portugal, dignando-Vos depois, trazer Vosso trono também para o Brasil. Da cidade de Itajubá levantastes então, a Vossa voz poderosa para chamar de todos os pontos do país os Vossos filhos e devotos para Vos construírem um Santuário. Ó Senhora de Todos os Povos, eu escuto Vosso chamado e acredito nos Vossos convites, acolho as Vossas mensagens e olho para os Vossos sinais.
Sei que quereis me consolar, por isso, na angústia em que me encontro, dobro meus joelhos, buscando-Vos, chamando-Vos e rogando-Vos para que me alcanceis a graça que tanto almejo.
Nossa Senhora da Agonia, ajudai-me sem demora!
Ave-Maria e 3 x Glória
6º DIA
Eu Vos saúdo, Mãe da Solidão, Refúgio dos Abandonados, Senhora da Agonia.
Sejam benditas as Vossas vitórias, Rainha elevada ao Céu; que todos os povos Vos proclamem Bem-Aventurada, porque o Senhor fez em Vós maravilhas!
Ó Rainha dos Mártires, Vós tivestes o título de “Soledade” trocado por “Agonia” pelos navegantes portugueses que Vos rogavam agoniados do alto-mar, para que conseguissem ultrapassar a barreira das ondas terríveis das tempestades do oceano e chegassem vivos à terra. Mas agora, atravessando o Atlântico, (ó mistério insondável) viestes com o nome de Nossa Senhora da Agonia para uma terra, cuja padroeira é Nossa Senhora da Soledade.
Entrego-me à força deste mistério e deposito o meu futuro em Vossas mãos. Ajudai-me a vencer as barreiras que o meu próprio egoísmo e falta de confiança ergueram e que me impedem de chegar ao porto seguro da salvação que é Jesus.
Levanto meus olhos para Vós, Senhora dos Mares, e no meio das tempestades que estão me submergindo eu busco-Vos, chamo-Vos e rogo-Vos que me alcanceis a graça de que tanto preciso.
Nossa Senhora da Agonia, vinde em meu auxílio!
Ave-Maria e 3 x Glória
7º DIA
Eu Vos saúdo, Rainha das Vitórias, Socorro dos Cristãos, Senhora da Agonia.
Bendito seja Deus que concedeu a Vós um tão grande poder sobre os demônios, que estes temem mais um só de Vossos suspiros em favor de uma pessoa do que a oração de todos os santos.
Suspirai por mim, ó Senhora da Agonia! Vós, que surgistes em nossos dias com o poder deste Vosso título, triunfando sobre a potestade inimiga e subjugando-a sob o Vosso Nome, dissipai suas tramas infernais e guardai-me em Vosso Coração Imaculado.
Coloco em Vós toda minha confiança, ó Refúgio dos Pecadores. Tende compaixão de mim, livrai minha alma da opressão causada pelo peso dos meus pecados. No meio das tribulações em que me encontro, eu busco-Vos, chamo-Vos e rogo-Vos para que me alcanceis a graça que insistentemente Vos peço.
Nossa Senhora da Agonia, sede meu refúgio e proteção!
Ave-Maria e 3 x Glória
8º DIA
Eu Vos saúdo Maria, Porta da Vida, Mãe de Todas as Graças, Senhora da Agonia.
Salve, Mãe de Piedade, minha Mãe Amada. Mil graças rendo a Deus, que criou em Vós um verdadeiro e vivo coração de mãe que transborda continuamente de amor e de dor por seus filhos.
Ó Senhora da Agonia, Vossos filhos quiseram construir para Vós uma igreja num outro lugar, que não aquele escolhido por Deus, desde todo sempre, para que ali fosse edificado um Santuário em Vossa honra. Mas Vós, ó Mãe Paciente, chamastes a atenção das pessoas para aquele Monte Santo, do qual estais hoje a espalhar por toda parte os tesouros da misericórdia divina.
Colocai-me também entre os filhos de Vossa predileção, ó Virgem Fiel; inclinai-Vos para mim com paciência e bondade. Levantai-me para que eu possa caminhar sem medo, pois é com confiança que eu busco-Vos, chamo-Vos e rogo-Vos que me alcanceis a graça de que tanto necessito.
Nossa Senhora da Agonia, compadecei-Vos de mim!
Ave-Maria e 3 x Glória
9º DIA
Ó Virgem Imaculada e Bendita, Santíssima Virgem Maria, Senhora da Agonia, é com o coração cheio de confiança e a alma compenetrada da mais viva gratidão que hoje encerro a minha novena, na qual ergui a Vós minhas súplicas, comuniquei a Vós meus segredos, contei a Vós as minhas desventuras e descobri diante de Vós as minhas chagas.
Dou graças ao meu Deus que me fez compreender que aquele que recorreu a Vós já pode ter a certeza de ter sido atendido.
Por Vossas preces, ó Mãe Clemente, a graça do Senhor me visitou. Feliz a casa onde entra a Mãe de Deus!
Quero agora celebrar-Vos por toda a parte e ver-Vos amada pelo mundo inteiro. Quero ainda, de modo muito especial, entregar-me ao Vosso serviço. Recebei-me no número dos Vossos devotos. À Vossa soberania consagro o meu passado, presente e futuro. Governai-me, assisti-me em todas as minhas ações, palavras e pensamentos, para que eu nunca mais ofenda a Jesus.
Ó minha Rainha e minha Mãe, não deixeis de volver os Vossos olhos misericordiosos sobre todos aqueles que Deus me deu ao longo da minha vida, sobre a nossa Nação e sobre toda a Santa Igreja.
Ficai sempre comigo e não me abandoneis na hora da minha morte. Amém.
Nossa Senhora da Agonia, eu me consagro a Vós!
Ave-Maria e 3 x Glória
Fonte: Santuário N. S. da Agonia
CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA,
ROGAI POR NÓS QUE RECORREMOS A VÓS”.


“Esta simples oração jaculatória resume o que NOSSO SENHOR fez em MARIA, tornando-a Imacu lada na sua concepção, e o que MARIA fez para em tudo se unir a JESUS e cooperar com ele, na obra da Redenção. Na verdade, trata-se de uma evocação à lembrança de todos os sofrimentos da Imaculada, do PRESÉPIO AO CALVÁRIO. Trata-se, também, para todos os cristãos, de um convite para se lembrar das suas dores, suprimindo-lhes a causa: o pecado”. (Abade Decorsant – Diretor espiritual de Berta Petit )


O Grande Pedido de JESUS a Berta Petit, em 8 de setembro de 1.911.


“O CORAÇÃO de Minha Mãe tem direito ao TÍTULO DE DOLOROSO e quero que seja colocado antes do de Imaculado, pois ele foi adquirido por Ela mesma. A Igreja reconheceu em minha Mãe, o que foi feito por mim: a sua Imaculada Conceição. AGORA, É PRECISO, E EU QUERO, QUE SEJA COMPREENDIDO E RECONHECIDO O DIREITO QUE TEM MINHA MÃE A UM TÍTULO DE JUSTIÇA, TÍTULO QUE LHE É DEVIDO PELA SUA IDENTIFICAÇÃO COM TODAS AS MINHAS DORES: seus sofrimentos, seus sacrifícios, sua imolação no Calvário,aceitos numa plena correspondência à minha graça e suportados pela salvação da humanidade … “
A DEVOÇÃO AO CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA

1 – Engloba uma tradição: o coração trespassado de Nossa Senhora das Dores.
A descoberta, de maneira inesperada, da Estampa DE NOSSA SENHORA DE OLLlGNIES, (pro nuncia-se Olinhí), no porão do Colégio das religiosas Bernardinas, no dia 10 de julho de 1918 na Bélgica, o qual foi milagrosamente protegido durante a Primeira Guerra Mundial.
2 – Engloba uma novidade: O pedido de Nossa Senhora em FÁTIMA:
“Consagrai-vos ao meu Coração Imaculado”
3 – Engloba uma atualidade: Doloroso antes de Imaculado.
O título de Doloroso, antes de Imaculado, pedido por JESUS a Berta Petit na Bélgica, ou seja: “CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA”

“… É nesta Co-reden ção que Minha Mãe foi grande, e eis porque, Eu peço que a invocação que ditei seja aprova da e difundida em toda a igreja, tal qual a Consagra ção dirigida ao Meu Coração. Ela já obteve graças, e obterá ainda mais graças, esperando-se que, pela Consagração ao Coração Doloroso e Imaculado de Maria, a Igreja seja revigorada e o mundo renovado. (JESUS a Berta Petit, em 8/9/1911.)


TRADIÇÃO E NOVIDADE

(Extraído de um artigo do Padre Colin, c.s.s.f)
Por causa de seus elementos essenciais, a DEVOÇÃO AO CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA encontra suas origens numa devoção Mariana reconhecida e encorajada, e que finalmente foi aprovada pela Santa Sé. Suas qualidades particulares inéditas vêm especificar e distingui-la entre todas as outras fórmulas do culto Mariano.
PRIMEIRA NOVIDADE – A riqueza do conteúdo dessa Devoção constitui a sua primeira novidade. De fato, a extensão de seu objeto não engloba conjuntamente, o AMOR, o SACRIFÍ­CIO e a PUREZA de Nossa Senhora? E não é justamente esta, a tríplice magnificência que veneramos no Coração Doloroso e Imaculado de Maria?
Da mesma forma, em que em DEUS as Três Pessoas Divinas se fundem, porém permanecendo distintas, na Unidade da Sua Natureza e numa comum adoração da TRINDADE, assim também as três devoções ao Santo Coração de Maria, às Dores de Nossa Senhora e à Imaculada Conceição, fundem-se elas, num único e mesmo culto ao CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA.
“Esta Devoção, nada mais é, do que a devoção às Sete Dores de Nossa Senhora, porém tendo como objeto o Seu Coração físico, mas primeiramente o Coração espiritual, ou seja: O CORAÇÃO “DOLOROSO” daquela que, Mãe de todas as almas sem exceção, sofreu terrivelmente pelos pecados de cada uma. E tanto mais ainda sofreu pelo fato de que a sua Conceição Imaculada e a santidade sem igual dela decorrente, tornaram-NA capaz de sofrer mais do que qualquer outra pessoa, até mesmo de todos os santos juntos. (Do bispo Dom Dubois na sua obra: “Pequena Suma Mariana.” T. II, pág. 94)
Trata-se pois, da união íntima, num mesmo Coração do Amor, do Sofrimento e da Pureza. E é justamente esta fusão de Amor, Sofrimento e Pureza, na complexidade desses elementos, que constitui a originalidade da “DEVOÇÃO AO CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA”.
Dom Dubois conclui exaltando o valor espiritual do duplo vocábulo, Doloroso e Imaculado:
“Se, como pode-se pensar, A DEVOÇÃO AO CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA E A DEVOÇÃO ÀS DORES DE NOSSA SENHORA ESTÃO ENTRE AS MAIORES DEVOÇÕES MARIANAS, PODE-SE ENTÃO COMPREENDER O LUGAR QUE OCUPA ESTA DEVOÇÃO QUE REUNE AS DUAS DEVOÇÕES COLOCADAS, SEM DÚVIDA, ENTRE AS MAIORES: A DEVOÇÃO AO CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA. Ela é pois, um dos maiores florões de nossa piedade Mariana. Sim, nada de novo nos elementos desta Devoção, já que ela traz suas raízes na piedade Mariana secular.”
SEGUNDA ORIGINALIDADE: trata-se de uma ESTREITA CONEXÃO ENTRE O CORAÇÃO DE JESUS E O CORAÇÃO DE MARIA. Esta conexão, que não significa simplesmente aproximação ou justaposição, é originada pela filiação do SALVADOR e pela MATERNIDADE da Virgem, desse amor terno e piedoso, de forma recíproca e inseparável, e pela sua comum cooperação na Obra da Redenção.
Não se pode quebrar os elos que DEUS formou desde toda a eternidade: impossível pensar na Mãe sem pensar no Filho, de amar Uma sem amar o Outro. Impossível, parece, de desunir esses dois Corações, no culto que lhe é devido.
Como bem diz o Cardeal de Bérule:
“União íntima desses dois Corações na oblação de um só e mesmo sacrifício. Se o Coração Doloroso e Imaculado de Maria foi vítima nesse Sacrifício, ele foi também o primeiro Altar sobre o qual JESUS ofereceu seu Coração, seu corpo seu espírito, em Hóstia de louvor.”
Esta união se afirma mais especialmente na devoção ao CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA, e por aí compreende-se porque o Salvador quer que se venere, que se reze, que se ame, ao mesmo tempo, o Coração de Sua Mãe e o Seu. É o que Ele pede à sua serva Berta Petit:
“Fazei amar o Coração de Minha Mãe trespassado pelas dores que dilaceraram o Meu. É preciso pensar no Coração de Minha Mãe como tu pensas no Meu; viver nesse Coração, como tu vives no Meu, te entregar a este Coração como tu te entregas ao Meu. É preciso difundir o amor deste Coração inteiramente unificado ao Meu.”
Como conclusão doutrinal, citamos esta afirmação do PADRE GARRIGOU-LAGRANGE, uma aprovação particularmente qualificada:
“Quando se diz, “Coração Imaculado de Maria”, lembramos o que Nossa Senhora recebeu no primeiro instante de sua concepção. Quando se diz, “Coração Doloroso”, lembramos tudo o que Ela sofreu e ofereceu, com seu divino Filho, desde as palavras pronunciadas pelo velho Simeão até ao CALVÁRIO, até à sua morte santíssima pouco antes da Assunção”.
O PEDIDO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

“CONSAGRAI-VOS AO MEU CORAÇÃO IMACULADO.”


As aparições de Nossa Senhora em Fátima – Portugal, em 1917 constituem um dos grandes acontecimentos do século XX. Como em Lourdes, o mesmo convite à oração e à penitência. Mas o que é novidade em Fátima é o acento colocado, de uma maneira mais intensa e mais nítida, na Devoção ao Coração Imaculado de Maria. Talvez, se lembrem de que nas aparições de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa a Catarina Labouré, a vidente vê raios luminosos saindo das mãos de Nossa Senhora e iluminando toda a face da Terra, como para mostrar a universalidade da ação de Maria entre os homens.
EM FÁTIMA, esta ação se manifesta com uma nova intensidade, como uma fonte abundante de graças para o mundo, então preso à mais terrível das guerras e à mais astuciosa das perseguições: a do comunismo ateu. Existiu jamais uma época tão cheia de bênçãos do Céu, do que aquela em que Nossa Senhora de Fátima espalhou, através do mundo, as riquezas do seu Coração?
Sua Eminência o Cardeal Cerejeira de Lisboa declara:
“Foi O Coração compassivo da Virgem Imaculada que fez o milagre de Fátima … Nós achamos que essas aparições abrem uma era nova: a Era do Coração Imaculado de Maria.(Pierre Moreau – Diretor das emissões francesas da Rádio Vaticano.)


O PEDIDO DE JESUS (NA BÉLGICA).
A Berta Petit, Apóstola do Coração Doloroso e Imaculado de Maria.


Quando DEUS confia uma missão à sua Igreja, Ele dis tribui ao escolhido dons particulares relacionados à obra a ser realizada.
Berta Petit foi favorecida com palavras sobre naturais freqüentes, referentes ao estabelecimento da DEVOÇÃO AO CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA. Eis algumas:
Em 1909, as palavras interiores ouvidas durante a Missa de Natal: “Faça amar o Coração de minha Mãe, trespassado pelas dores que dilaceraram o Meu”.
Em 1909: “É preciso pensar no Coração de Minha Mãe, como tu pensas no Meu. Viver neste Coração, como tu vi ves no Meu. Entregar-se a este Coração, como tu te entre gaste ao Meu. É preciso difundir o Amor deste Coração todo unificado ao Meu.”
E no dia seguinte: “Eu te falei sobre os desejos do Meu Coração, acerca da Devoção ao Coração de Minha Mãe. Ame-o, torne-o amado! Este amor será, para ti e para o mundo, uma fonte de graças e atrairá grandes bênçãos. Entrega-te ao Meu amor. O desejo atual do Meu Coração te será confiado”.
Em 1910: “O que Eu quero decorre do que Eu fiz no Calvário. Dando à Minha Mãe, João como filho, não lhe confiei Eu A MATERNIDADE DOLOROSA DO MUNDO INTEIRO?”


A INVOCAÇÃO “CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA”.

Parece que, dentro dos desígnios da Providência, é chegado o momento em que a DEVOÇÃO AO CORAÇÃO DOLOROSO E IMACULADO DE MARIA, deve tomar o lugar que lhe convém na piedade cristã.
DOLOROSO, é este Coração por dois motivos. Primeiramente, ao pé da Cruz, em união com o Divino Crucificado, na gestação de um mundo novo. É este o objeto primeiro desta Devoção. Em seguida, pela aflição que lhe causam as nossas infidelidades.
Ousemos pois falar aos cristãos esquecidos e ingratos sobre este CORAÇÃO DOLOROSO, sobre o que ele sofreu por nós. É fato comprovado pela experiência que as almas mais tíbias, as mais indiferentes, dificilmente resistem à evocação do que elas devem à MÃE DE DEUS E MÃE DOS HOMENS. Desde que elas consintam em assim pensar, a Graça Divina penetra, amolecendo esta pedra e fundindo este gelo.
E a salvação não está distante …
Coração Doloroso e Imaculado de Maria, rogai por nós que recorremos a Vós.(Artigo do Padre Colin, C.S.S.f.)
Fonte: Últimas e derradeiras Graças

Toda a vida de Maria se resume numa única palavra: Adoração


Toda a vida de Maria se resume numa única palavra: adoração. A adoração é o serviço perfeito consagrado a Deus, envolvendo todos os deveres de uma criatura para com o seu Criador. Maria foi a primeira pessoa a adorar o Verbo encarnado. Ele estava em seu seio e ninguém o sabia. Ó! Como Nosso Senhor foi bem acolhido no seio de Maria! Ele jamais encontrou um cibório (vaso em que se guardam as partículas consagradas), um vaso de ouro mais precioso e mais puro que o seio de Maria.
Em Belém, Maria é a primeira a adorar seu divino Filho, deitado na manjedoura do presépio; Ela o adora com amor perfeito de Virgem Mãe, um amor de dileção segundo a Palavra do Espírito Santo. Depois de Maria, São José, os pastores e os Reis Magos adoram o Menino Jesus. Maria abriu este sulco de fogo que cobrirá o mundo
Reparem a natureza da adoração de Maria. Ela adora Nosso Senhor em suas diferentes etapas. As etapas da vida de Jesus inspiram sua adoração. Maria não permaneceu numa adoração imóvel.
Ela adorou a Deus, quando oculto em seu seio, na sua pobreza, em Jerusalém, em seu trabalho, em Nazaré e, mais tarde, quando evangelizava e convertia os pecadores. Ela o adorou nos terríveis sofrimentos no Calvário, sofrendo, junto a Ele, as dores insuportáveis. Sua adoração acompanhou todos os sentimentos do Divino Filho que lhe eram desvelados e claramente conhecidos. Seu amor a colocava em perfeita conformidade de pensamentos e de vida com Jesus.
Quando queremos elogiar nosso pai, nossa mãe, recordamos o grande amor, o constante e generoso devotamento com o qual eles nos trataram em nossa infância. Muito bem! Maria repetia a Jesus, em suas adorações no Cenáculo, tudo o que Ele havia realizado para a glória de seu Pai. Maria lhe trazia à memória os grandes sacrifícios e, assim, colocava-se na graça da Eucaristia.
A Eucaristia é o memorial de todos os mistérios e renova, em nós, o amor e a graça. Devemos, como Maria, corresponder a esta graça, reavivando todas as ações de Nosso Senhor, adorando todos os seus momentos e unindo-nos a Ele.

fonte:São Pedro-Julien Eymard (1811-1868)

A Devoção à Nossa Senhora da Agonia

O SENTIDO DO TÍTULO AGONIA Pode-se acreditar que a devoção à “Nossa Senhora da Agonia” está estreitamente ligada ao poema que Jacopone de Todi dedicou à Mãe de Jesus, na sua agonia aliada à agonia de Cristo na Cruz.
Agonia, no seu sentido primitivo, significa aquela luta angustiante entre os gladiadores, diante da multidão ululante, sedenta de sangue.
A vitória de um deles era a garantia da vida, que estava em jogo, numa luta, sem quartel, onde a morte de um seria a sobrevivência e a vitória do outro.
Daí, a extensão do seu sentido à luta do moribundo contra a morte eminente, indo mais além, à angústia diante do sofrimento, que parece não ser possível de ser superado.
Jacopone de Todi, nascido em 1228, de família ilustre, se casou com uma mulher muito rica e viveu uma vida bastante mundana. Em 1268, repentinamente faleceu sua esposa e sua vida mudou inteiramente. Vendeu tudo o que tinha e deu aos pobres e tornou-se religioso, mas não chegou ao sacerdócio.
O amor divino tocou-lhe tanto o coração, que o fazia chorar constantemente: “Choro, dizia ele, porque este Amor não é amado!” E essa luta pelo amor de Deus, levou-o a lhe inspirar os mais belos poemas em louvor às dores da Virgem ao pé da Cruz, dores estas que ele mesmo sentia na luta para alcançar a paz e a salvação da sua alma.
“Stabat Mater Dolorosa” é um poema de 20 estrofes onde o autor canta a luta angustiante de Maria, diante do sofrimento, da luta e da morte de seu Filho Jesus, pela nossa salvação.
Por um homem, entrou a morte no mundo, por outro Homem, a morte e o pecado foram vencidos, numa luta ingente de agonia e de aparente fracasso de um Deus, que assumindo a condição humana, nessa arena do mundo perdido pelo pecado, salvou a humanidade.
As 6 primeiras estrofes ( as estrofes 1 a 4 e 7 e 8 do texto original) expõem a grande agonia de Maria, ao pé da cruz; as estrofes 5 e 6, no original são uma transição da dor da Mãe, para nós filhos. “Quis est homo qui non fleret…”(Pobre Mãe tão, desolada, ao vê-la assim transpassada, quem de dor não chorava?) “Quis non posset contristari…”(Quem não se contristaria, ao contemplar a Mãe de Cristo, ante a uma tal agonia?”) As 12 outras estrofes são uma fervorosa prece à Mãe das Dores: “Eia, Mater, fons amoris… (“Ó Mãe, fazei que compartilhe vossa dor e a do Vosso Filho, que me garanta, assim, uma feliz eternidade”).
Seria preciso insistir sobre a beleza desse poema tão comovente? Que evocação tão solene, nestas primeiras palavras: “Estava a Mãe dolorosa, junto à Cruz lacrimosa, diante do Filho que dela pendia”. É aquela Mãe, tão cheia de maravilhosa ternura! Ela, ao pé daquele instrumento de suplício, de onde pende o seu Filho, acabrunhada de dores, mantém-se firme de pé.
Há quem critique o epíteto “Dolorosa” e as lágrimas da Mãe. Ao contrário, há aqueles que criticam a palavra “Stabat”(estava de pé) e a atitude firme e enérgica da Virgem! Que pensar disso? Será que os primeiros quereriam uma Mãe, que, em semelhante circunstância, não sentisse na alma essa dor? Certamente não seria ela mais uma Mãe; não a compreenderíamos e jamais ela poderia ser para nós o modelo de quem sofre! E os segundos, será que estariam esquecidos de que, fortificada por uma graça especial e associada ao suplício de seu Divino Filho, a Virgem Maria, embora acabrunhada das mais acerbas dores, não poderia permanecer firme e corajosa?
Nem insensibilidade, nem fraqueza, nem firmeza, nem desmaio. Maria devia estar assim, “de pé” e “dolorosa”, para sua própria glória e para nosso ensinamento. Ao levar em conta o que ensina esse poema, é um mistério do nosso resgate, pelos sofrimentos de Jesus e de Maria, aos quais devemos nos associar com os nossos próprios sofrimentos.
Na monotonia dolente das palavras e da melodia, o autor toca as íntimas cordas da sensibilidade do nosso ser, levando-nos a ouvir a comovente queixa, apresentada de uma maneira ingênua e cativante, por meio de frases que expressam o drama mais agudo que o mundo já viu, despertando em nós emoção, compaixão e sacrifícios.
História da Paixão de Jesus e da Compaixão e Agonia da Virgem. História da Redenção: Falas e apelos expressos em estrofes monótonas que vão se escorrendo como lágrimas.
Canto ou prece que jamais haverá de cessar de comover e, ao mesmo tempo, de consolar, de fortificar e de elevar as almas, que na Sexta-feira santa e na Festa da Virgem das dores, revivem o drama do Calvário.
Nas duas últimas estrofes, o autor apela a Cristo e sua Mãe: que lhe dêem, a ele e a todos, a glória do Paraíso.
“Vindo, Ó Cristo, minha hora,
Pela Mãe, me venha agora
A palma da vitória”
“Quando o meu corpo deixar de viver,
Faze minh’alma receber a glória do paraíso. Amém! Aleluia!”
Assim a luta se finda e a vida triunfa!
Seria a devoção à Nossa Senhora da Agonia idêntica a da Nossa Senhora da Soledade? Talvez só na aparência. Na realidade, porém, há uma grande diferença. Na devoção à Nossa Senhora da Soledade o enfoque se dá na Solidão da Virgem, diante do bem supremo que lhe é tirado, embora por pouco tempo; enquanto que, na devoção à Nossa Senhora da Agonia, o enfoque se concentra na luta da Mãe e do Filho, que se põe nas mãos de Deus, no total despojamento de si mesmos, para que a humanidade sobreviva na esperança da salvação, pelos méritos do Filho, que o Pai não quis poupar, para que nós fôssemos poupados.
Fonte: Santuário de Nossa Senhora da Agonia.

MARIA E A IGREJA CATÓLICA


Antes de tudo, terá que dizer que os católicos não adoram à Virgem Maria. O culto que lhe professamos não é adoração, posto que esta corresponde unicamente a Deus. Os católicos veneram a Santa Maria, porque Ela é a mulher a quem Deus escolheu para que fora a Mãe de Cristo. Quer dizer, Maria não é uma pessoa qualquer, é a Mãe do próprio Deus. Recordemos a passagem da visitação:
“E aconteceu que, assim que Isabel ouviu a saudação de Maria, saltou de gozo o menino em seu seio, e Isabel ficou cheia de Espírito Santo; e exclamando com grande voz, disse: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de seu seio. »” (Lc 1, 41-42)
Isabel chama Maria “Bendita és tu entre as mulheres”, e a chama deste modo por inspiração do Espírito Santo, do qual se enche logo depois de escutar a saudação de Maria. E a Virgem mesma diz nos seguintes versículos:
“E disse María: «Minha alma engrandeçe o Senhor, e meu espirito exulta em Deus meu Salvador, porque olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem aventurada.” (Lc 1, 46-48)
María é bem-aventurada pelo fato de ter sido escolhida Por Deus para levar o Salvador em seu seio, e por isso os católicos a chamam assim durante “doravante as gerações”. O respeito e veneração que professam os católicos à Santíssima Virgem têm, portanto, bases bíblicas sólidas.
Isabel, na passagem da visitação, chama a Maria “A mãe de meu Senhor” (Lc 1, 43). Certamente, o Senhor é Jesus, quem é Deus mesmo. Se aceitarmos que Maria é verdadeira e realmente mãe do Senhor Jesus, então Ela é, portanto, verdadeira e realmente Mãe de Deus, já que o Senhor Jesus é Deus mesmo. Pretender que Maria é mãe “somente” do corpo físico do Senhor é absurdo. O Senhor Jesus é uma pessoa completa. Pretender separar sua divindade e sua humanidade é absurdo, e é uma heresia conhecida como nestorianismo, que diz que há duas pessoas separadas em Cristo encarnado: uma divina (o filho de Deus) e outra humana (o filho de Maria). A heresia foi condenada e a doutrina esclarecida no Concílio de Efeso no ano 431.

Logicamente, a divindade do Senhor Jesus não provém de Maria, mas não por isso ela deixa de ser verdadeiramente Sua Mãe. O mesmo acontece conosco: a alma imortal que cada um de nós possui provém diretamente de Deus, mas isso não significa que minha mãe não seja verdadeira minha mãe. Terá que recordar que foi vontade do Senhor o haver-se encarnado em uma mulher, e que essa Mulher fosse sua Mãe. Deus não necessitava uma Mãe, mas quis atuar assim em seu plano de Salvação, e por sua Vontade Maria foi escolhida como Mãe de Deus “porque nada é impossível para Deus” (Lc 1, 37)
Maria é chamada “intercessora”, o qual é antibíblico, segundo 1 Tim 2, 5 que diz “Porque há um só Deus, e também um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus”
A Igreja Católica nunca ensinou que María ocupa o lugar do Senhor Jesus, justamente o contrário. A Igreja proclamou sempre que Cristo é o único caminho para chegar ao Pai, e que só por Ele é que somos reconciliados. Por isso, e neste sentido, Jesus é o único mediador entre Deus e os homens, o único no qual Deus e o homem são reconciliados.
Entretanto, há outro sentido da palavra “mediador”. Por exemplo, se pedir a alguém que ore por ti, então essa pessoa está “mediando” ou “intercedendo” por ti ante Deus. Neste sentido, qualquer pode interceder ante Deus por outra pessoa, e isto em nada obscurece ou diminui a mediação e a reconciliação trazida por Jesus Cristo, justamente o contrário. E é neste sentido que dizemos que Santa Maria é intercessora, e o é por excelência, já que é a que mais esteve unida ao Verbo Encarnado, sendo sua própria Mãe.
Há algum exemplo no qual Santa Maria tenha intercedido por alguém mais nos Evangelhos? A resposta encontramos na passagem das bodas de Caná:
” No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava aí. Jesus também tinha sido convidado para essa festa de casamento, junto com seus discípulos. Faltou vinho e a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho!” Jesus respondeu: Mulher, que existe entre nós? Minha hora ainda não chegou.” A mãe de Jesus disse aos que estavam servindo: “Façam o que ele mandar.” Havia aí seis potes de pedra de uns cem litros cada um, que serviam para os ritos de purificação dos judeus. Jesus disse aos que serviam: “Encham de água esses potes.” Eles encheram os potes até a boca. Depois Jesus disse: “Agora tirem e levem ao mestre-sala.” Então levaram ao mestre-sala. Este provou a água transformada em vinho, sem saber de onde vinha. Os que serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água. Então o mestre-sala chamou o noivo e disse: “Todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados estão bêbados, servem o pior. Você, porém, guardou o vinho bom até agora.” Foi assim, em Caná da Galiléia, que Jesus começou seus sinais. Ele manifestou a sua glória, e seus discípulos acreditaram nele.” (Jo 2, 1-11)
A passagem não é uma simples anedota do Evangelho, é o primeiro milagre do Senhor Jesus. João diz que foi aí onde Ele começou seus sinais e manifestou sua glória. Maria se dirige ao Senhor, expressando sua preocupação pelos noivos com as palavras “Não têm vinho”, e espera dEle uma intervenção que resolva. A aparente negativa do Jesus não é mais que isso, aparente. Maria, que confia em seu Filho, deixa- toda a iniciativa a Ele, dirigindo-se aos empregados e convidando-os a fazer o que Ele lhes disser. E sua confiança é recompensada. O Senhor obra o milagre, transformando a água em vinho. A intervenção da Santa Maria no primeiro milagre de seu Filho não é acidental. A passagem das bodas de Caná põe em destaque o papel cooperador de Maria na missão do Senhor Jesus.
Maria teve outros filhos. Na Bíblia se fala claramente dos “irmãos de Jesus” (MT 12, 46; MT 13, 55; Mc 3, 31, etc.)
A palavra grega que se utiliza para designar aos irmãos de Jesus é “adelphos”, e tem distintos significados: irmão de sangue, companheiros, compatriotas, etc. Nenhum dos Evangelhos menciona outros filhos de Maria como tais. Por outro lado, a resposta de Santa Maria ao anjo “«Como será isto, se não conheço varão?»” (Lc 1, 34) quando lhe anuncia que vai conceber um filho, não podem entender-se se María não tivesse tido a intenção de permanecer virgem, pois nesse momento já estava desposada com José (Lc 1, 27). “Conhecer” neste caso significa ter relações sexuais íntimas. Se Maria tivesse pensado em ter relações com José, o fato de que o anjo lhe anuncie que vai ter um filho lhe teria parecido conseqüência natural de seu matrimônio, com o qual não tivesse dado essa resposta.
O Evangelho também diz que Jesus é o filho primogênito da Maria (Lc 2, 7) e alguns pretendem ver nisto uma prova de que Maria tinha outros filhos. Entretanto, a palavra “primogênito” somente faz referência ao primeiro nascido, e não de se tiver ou não tem irmãos.
No Lc 1, 25 se lê “E não a conhecia até que ela deu a luz um filho, e lhe pôs por nome Jesus.”,

A palavra “até” neste caso, quer ressaltar o simples feito de que José não teve relações com  María antes que ela desse a luz a Jesus. Não implica de nenhum modo que José tivesse relações com a María após o nascimento de Cristo..


Oração a Santa Maria Delle Grazie

Ó celeste tesoureira de todas as graças, Mãe de Deus e minha Mãe, Maria, que é a filha primogênita do Pai eterno e que tem em mãos a Sua onipotência, tenha piedade de minha alma e conceda-me a graça que fervorosamente lhe suplico. Ave-Maria. Ó misericordiosa dispensadora das graças divinas, Maria Santíssima, Mãe do Verbo encarnado que a coroou com a Sua imensa sapiência, considere a grandeza do meu sofrimento e conceda-me a graça de que tanto preciso. Ave-Maria. Ó 
 amorosíssima dispensadora das graças divinas, Imaculada esposa do eterno Espírito Santo, Maria Santíssima, que dEle recebeu um coração que se comove por piedade das desventuras humanas e não pode resistir a consolar os que sofrem, tenha piedade de minha alma e conceda-me a graça que eu espero com plena confiança na sua imensa bondade. Ave-Maria. Sim, sim, ó minha Mãe, tesoureira de todas as graças, refúgio dos pobres pecadores, consoladora dos aflitos, esperança de quem se desespera e auxílio poderosíssimo dos cristãos, deposito-lhe toda a minha confiança e tenho certeza de que me obterá de Jesus a graça que tanto desejo, desde que seja para o bem de minha alma. Salve Rainha.
SANTA MARIA DELLE GRAZIE (venerada na igreja dos Capuchinhos em San Giovanni Rotondo)
Fonte: Um Minuto com Maria.

 

Era um belo convento, erguido sobre a planura. Os monges do convento eram, ao mesmo tempo, bons servidores de Deus, grandes sábios e excelentes lavradores. Havia, entre eles, um jovem re
ligioso, de nome Norberto, que era um ótimo escultor (santeiro). Em madeira, pedra, ou até mesmo argila, que pintava com cores muito vivas. Ele sabia modelar (talhar, esculpir) lindíssimas estátuas de Jesus, de Maria e dos santos, tanto que os padres e as pessoas piedosas vinham de longe para defrontar-se com suas peças e as compravam, pagando caríssimo, para com elas ornamentar suas igrejas e seus oratórios.

Norberto era muito piedoso e devotava amor extraordinário pela Virgem Santíssima. Frequentemente, ficava horas e horas diante do altar da Virgem Imaculada, imóvel, prosternado sob seu capuchinho, tendo as pregas da roupa espalhadas atrás de si, sobre os ladrilhos do piso.
Os bons monges eram muito generosos e gostavam de dar esmolas e ajudar as pessoas; e, como eles eram bem providos, aconteceu que um belo dia, já não havia um só pobre nos arredores. Então, eles resolveram construir, às suas expensas, uma igreja magnífica, perto do convento. Logo, pedra sobre pedra, lentamente, a igreja foi erguida. Ficou decidido que o grande portal seria encimado pela estátua de São Gengoul. Um pouco mais acima, colocar-se-ia a Virgem Mãe Santíssima, e na extremidade mais elevada, na ponta da empena, Jesus crucificado.
Norberto ficou encarregado de esculpir as três figuras. Sem muito zelo, esculpiu a estátua de São Gengoul. Em seguida, num bloco de granito, Jesus em sua Cruz, cuja altura era de quatro toesas (quase 8 metros). Porém, mesmo tendo se empenhado, devotadamente, nesta obra, com muito carinho e zelo, sonhava, incessantemente com a Virgem Maria, da qual deveria, em breve, cinzelar uma imagem; e, sem nada dizer, reservava, para ela, todo o esforço de sua arte e de seu amor.
- E agora, meu filho, disse-lhe o Prior, que Deus possa conduzir vossa mão para que vós nos deis uma imagem análoga da Virgem Maria, com o Menino Jesus nos braços.
- Mas, disse Norberto, não seria melhor representá-la da forma que lhe seja a mais agradável?
- Muito bem! aceitou o Prior, o seu mais belo título não é o que a qualifica como a Mãe de Deus?
- Sim, respondeu Norberto, mas eu acho que a honraria melhor representando-a, não em sua glória, mas na atitude das virtudes que a mereceram… Se ela se mostra, levando um Deus, mesmo criança, como dirigiremos nossas orações para que cheguem até ela, sem nos atermos n´Ele? E quero representá-la tendo as duas mãos abertas para os homens. Ela não poderia lhes estender os braços se tivesse uma criança no colo!
- Meu filho, esses discursos são estranhos e denotam heresia. Ordeno que façais a estátua da Virgem Maria assim como eu vos disse.
Norberto não obedeceu. Durante todo o tempo em que trabalhou a estátua, não deixou que ninguém a visse, sob pretexto de que as reflexões de seus irmãos pudessem perturbar e confundir suas ideias. E, sozinho com o seu sonho, talhou a imagem da Virgem Maria, assim como havia imaginado. Longa, o manto drapeado com grandes pregas, rosto inclinado para os homens, a Imaculada estende-lhes as mãos abertas de onde escorre o perdão.
Assim que os monges a viram, emocionaram-se, em clamores de admiração; e o próprio Prior, entusiasmado, declarou a imagem maravilhosamente bela. Mas, castigando a desobediência de Norberto, condenou-o a jejuar durante um mês inteiro, a pão e água.
As obras do escultor Norberto, a santa Cruz, a estátua da Virgem Maria e a de São Gengoul foram colocadas em seus devidos lugares. A Igreja estava quase terminada. Duas altas torres flanqueavam o portal. Norberto, animado por fervoroso zelo pela casa de Deus, passava dias inteiros sobre os telhados, rodeado pela floresta aérea de pedras.
Nem mesmo à noite o escultor descia. Estava no cimo de uma das torres, sobre a plataforma, cuja balaustrada ainda não fora colocada. Tentava ver se conseguia divisar a estátua da querida Virgem Mãe que havia talhado, lá de onde estava. Inclinando-se, pôde distinguir, logo abaixo, as duas mãos estendidas de Maria, além do nicho onde fora colocada. Inclinando-se um pouco mais, seu pé escorregou e ele caiu. Ouviu-se um grande grito. Na queda, o corpo bateu no andaime, saltou sobre o soalho e voltou, num pinote, em direção à pontuda empena da fachada, onde se elevava a grande Cruz que ele havia talhado, igualmente.
Lá, face a face com o Cristo, cabelos arrepiados de pavor, Norberto suplicou, humilde e delirantemente que Jesus o salvasse. Em seguida, pôs-se a gritar, com todas as suas forças: os bons monges, entretanto, estando em paz com Deus, dormiam sono profundo, e nenhum deles ouviu os desesperados gritos do pobre escultor.
- Ah! Jesus, estás te vingando de mim! Socorro, Virgem Maria!
E caiu, novamente…
Caiu, mas sem se machucar, sob as duas palmas das mãos em mármore, da estátua da Virgem Maria, obra sua. As mãos misericordiosas da Mãe de Deus levantaram-se, ligeiramente, para melhor poder ampará-lo. Norberto adormeceu entre as mãos de Nossa Senhora, assim como uma criancinha, tranquila, em seu berço. Somente à hora da aurora, os monges o perceberam. Longas escadas foram erguidas. Quando chegaram perto de Norberto, para liberá-lo, ele ainda dormia.
- Por que os senhores estão me acordando? – perguntou.
Norberto não contou a ninguém o sonho que tivera, nos braços da Virgem Maria, nem o que Ela lhe havia dito. Porém, a partir daquela noite, passou a demonstrar perfeita devoção ao Cristo Redentor e a viver na mais alta santidade.
Fonte: Maria de Nazareth

NOSSA SENHORA DA ÁRVORE


No departamento francês da Alta Sabóia, havia uma vila chamada Chanonat. Esse aglomerado de casas foi elevado à categoria de cidade com o nome de Chamonix, chegando aproximadamente a três mil habitantes no começo do século XX. Localizava-se perto do Monte Branco, no Vale do Arve. São famosas suas geleiras.
Narra a tradição que próximo àquela cidade, num local ameno e ornado de frondosas árvores, havia uma delas, até bem nova, que apresentava certa cavidade. Nesse nicho, feito pela natureza, fora encontrada uma pequena, mas bela imagem de Nossa Senhora, sem que houvesse uma explicação de como ela foi parar ali. O povo, simples, sempre ávido do sobrenatural, o que não deixa de ser uma demonstração viva da chamada, hoje, saudade de Deus, logo batizou a imagem da Mãe de Jesus, com o sugestivo título de Nossa Senhora da Árvore. Por muitos anos a efígie de Maria, permaneceu ali mesmo, onde foi encontrada, até que seus devotos resolveram construir uma capela para melhor proteger o seu tesouro espiritual. Era, também, como agradecimento pelos favores que já podiam ser contados às centenas. Em 1703, em lugar da simples ermida, ergueu-se um santuário onde se abriga a linda imagem.
Não faltaram as visitas periódicas, principalmente no último domingo do mês de setembro. Podemos imaginar o calor piedoso das pessoas humildes que confiantes se dirigem a Deus por meio da Mãe Imaculada, que não cessa de se desdobrar pelo bem espiritual da humanidade. São Bernardo, na oração a ele atribuída, “Lembrai-vos ó piíssima Virgem Maria”, nos autoriza acreditar “que jamais se ouviu dizer, que algum daqueles que têm recorrido” à proteção de Maria, “implorado sua assistência e reclamado o seu auxílio, tenha sido por ela desamparado“. Também os devotos de Nossa Senhora da Árvore tiveram a mesma felicidade.
O que mais falta a Maria fazer para atrair nossa confiança? Cheios de gratidão seja nossa resposta imitar o cantor da Virgem celeste, o Abade de Claraval que nos entusiasma; “animado, eu com igual confiança, a Vós recorro, ó Virgem sem igual, e como Mãe me acolho, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos vossos pés”.
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA ÁRVORE


Virgem benigna, Santa Mãe de Deus, que justamente sois comparada à árvore sagrada que nos trouxe o fruto da salvação, Jesus, o Redentor, bendito fruto de vosso ventre. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos peço. Ó clemente, ó piedosa ó doce sempre Virgem Maria. Amém.
Fonte: Padre Juarez
 O Título:  NOSSA SENHORA AUXILIADORA 
Este título: AUXILIADORA DOS CRISTÃOS foi introduzido na Ladainha de Nossa Senhora pelo Papa São Pio V, após a vitória dos cristãos obtida em Lepanto, vitória essa, conseguida graças ao auxílio de Deus e de Nossa Senhora. Em 1571, Dom João, príncipe austríaco, comandou os cristãos nessa batalha de Lepanto. São Pio V enviou para o Imperador uma bandeira, na qual estava bordada a imagem de Jesus crucificado.
A preparação dos soldados consistiu em um tríduo de jejuns, orações e procissões, suplicando a Deus a graça da vitória, pois o inimigo não era apenas uma ameaça para a Igreja mas também para a civilização.Tendo recebido a Santa Eucaristia, partiram para a batalha. No dia 7 de outubro de 1571, invocando o nome de Maria, Auxílio dos Cristãos, travaram dura batalha nas águas de Lepanto. Três horas de combate foram necessárias… A vitória coube aos cristãos, que ao grito de “Viva Maria”, hastearam a bandeira de Cristo.
Mais tarde, por causa da libertação de Viena situada pelos turcos, no ano de 1863, o rei da Polônia João III Sobieski, que chegou com as tropas polonesas em auxílio para a cidade sitiada, confessou humildemente ao Papa: “VENI, VIDI DEUS DEDIT VICTORIAM”, (Cheguei, vi, Deus deu vitória). Recordando a todos e atribuindo a Virgem Maria tamanha graça. No início do século XIX, o Papa Pio VII, estabeleceu a Festa de Maria Auxiliadora no dia 24 de maio, como gratidão por ter sido libertado da injusta opressão em que se achava, ou seja, prisioneiro de Napoleão na França.
Esta festa se comemora hoje em muitas igrejas particulares e Institutos religiosos, principalmente na Sociedade de São Francisco de Sales, fundada por São João Bosco.
Dom Bosco difundia a devoção a Maria Auxiliadora, em uma perspectiva eclesial e missionária. Realmente, a Igreja sempre experimentou auxílio eficacíssimo da Mãe de Deus nas perseguições excitadas pelos inimigos da fé cristã.
No ano de 1862, as aparições de Maria Auxiliadora na cidade de Spoleto marcam um despertar mariano na piedade popular italiana. Nesse mesmo ano, Dom Bosco iniciou a construção, em Turim, de uma grande Basílica, que foi dedicada a Nossa Senhora, Auxílio dos Cristãos. Até então não se percebe em Dom Bosco uma atenção especial por esse título. “Nossa Senhora deseja que a veneremos com o título de AUXILIADORA: vivemos em tempos difíceis e necessitamos que a Santíssima Virgem nos ajude a conservar e defender a fé cristã”, disse Dom Bosco ao clérigo Cagliero.
A partir dessa data, Dom Bosco, que desde pequeno aprendeu com Mamãe Margarida, sua mãe, a ter grande confiança em Nossa Senhora, ao falar da Mãe de Deus, lhe unirá sempre o título AUXILIADORA DOS CRISTÃOS. Para perpetuar o seu amor e a sua gratidão para com Nossa Senhora e para que ficasse conhecido por todos e para sempre que foi “Ela (Maria) quem tudo fez”, quis Dom Bosco que as Filhas de Maria Auxiliadora, congregação por ele fundada juntamente com Santa Maria Domingas Mazzarello, fossem um monumento vivo dessa sua gratidão.
A devoção a Nossa Senhora Auxiliadora foi crescendo cada vez mais e mais. O Papa Pio IX fundou no Santuário de Turim (Itália) dia 5 de abril de 1870, uma Arquiconfraria, enriquecendo-a de muitas indulgências e de favores espirituais.
No dia 17 de maio de 1903, por decreto do Papa Leão XIII, foi solenemente coroada a imagem de Maria Auxiliadora, que se venera no Santuário de Turim.
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco. Ficou tão conhecido o amor do Santo pela Virgem Auxiliadora a ponto de Ela ser conhecida também como a “Virgem de Dom Bosco”.
Dos escritos de São João Bosco, retiramos algumas passagens para ilustrar o seu amor por Maria Santíssima:
“Recomendai constantemente a devoção a Nossa Senhora Auxiliadora e a Jesus Sacramentado”.
“A festa de Maria Auxiliadora deve ser o prelúdio da festa eterna que deveremos celebrar todos juntos um dia no Paraíso”.
“Sê devoto de Maria Santíssima e serás certamente feliz”.
“Devoção e recurso freqüente a Maria Santíssima. Jamais se ouviu dizer no mundo que alguém tenha recorrido com confiança a essa mãe celeste sem que não tenha sido prontamente atendido”.
“Diante de Deus declaro: basta que um jovem entre numa casa salesiana para que a Virgem Santíssima o tome imediatamente debaixo de sua especial proteção”.
Dom Bosco confiou à Família Salesiana a propagação dessa devoção, que é, ao mesmo tempo, devoção à Mãe de Deus, à Igreja e ao Papa.
Concluímos com essas palavras do Papa João Paulo II: “A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz, segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, Ela nos orienta para Jesus: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2, 5). E, como outrora em Caná da Galiléia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dEle as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria. Ela é sempre a ‘Mãe de Deus e nossa’”.

A Primeira imagem de Nossa senhora

A tradição diz que este quadro teria sido pintado por São Lucas, mas nada pode ser provado neste sentido. Outra versão diz que o quadro teria sido pintado por um artista russo em torno de 1325. A Paixão de Jesus é representada pelos instrumentos da paixão mostrado pelos anjos, principalmente a cruz, a lança a esponja e os pregos.
Os dois arcanjos são Miguel e Gabriel: Miguel segura a lança com a esponja e com o vinagre usado na Paixão. Gabriel segura a cruz, uma cruz estilo bizantino e os pregos que fixaram Jesus nela.
O Menino Jesus, com medo destas visões se aconchega aos braços de sua Mãe.
Os dedos da Virgem Maria apontam para Jesus como a indicar “Este é o Senhor Nosso Deus”.
As letras gregas usualmente usam a primeira e a ultima letra de um nome, assim Maria é identificada como Mãe de Deus e o Menino é identificado como Filho de Deus.
Aqui temos uma versão do icone que aparece as letras com grande clareza:
As letras identificando Nossa Senhora estão grande e claras.
Você pode ver M perto de Miguel a esquerda. As letras de Jesus são “IC CX”. O “C” é o S em grego ; O “I” é nosso J; o “X” é o nosso “CH” assim as letras em gregos são a abreviação de “Jesus Cristo”.
Dois significados vem a nossa mente quando contemplamos a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Um tem a haver com o pé torcido de Jesus com a sandália solta e pendurada.
Mostrar a sola do pé significa humildade. O filho de Deus se humilha ao se tornar um homem.
O outro significado foca na sandália aparentemente solta quando o Filho correu para a sua Mãe para conforto.Em nosso medo e em nossas necessidades nós devemos correr também bem depressa para Ela.
Fonte: Bio dos Santos


Indulgências do Rosário

1. Os fiéis, quando quer que recitem o Terço podem obter:
* Uma indulgência de 5 anos
* Uma indulgência plenária se o fizerem nas mesmas condições, por um mês inteiro.

2. Se rezarem o Terço em companhia de outras pessoas, em público ou particular, poderão obter:
* Uma indulgência de 10 anos, uma vez ao dia.
* Uma indulgência plenária no último Domingo de cada mês, com o acréscimo da Confissão, da Comunhão e da Visita a uma Igreja, se fizeram tal oração pelo menos três vezes em quaisquer das semanas anteriores.

No entanto, se recitarem o Terço juntamente com um grupo de família, além da parcial indulgência de 10 anos, podem obter:
* Uma indulgência plenária duas vezes por mês, se fizerem esta oração diariamente, por um mês, forem à Confissão, receberem a Comunhão e visitarem uma Igreja.
Os fiéis que cotidianamente rezam o Terço com devoção em um grupo de família, além das indulgências já concedidas no ponto 1. podem obter também uma indulgência plenária sob as condições de Confissão e Comunhão todos os Sábados, em dois outros dias da semana e em todas as Festas da Santíssima Virgem Maria do Calendário: Imaculada Conceição, A Purificação de Nossa Senhora, Nossa Senhora de Lourdes, Anunciação, As sete dores (Sexta-feira Santa), A Visitação, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora das Neves, Assunção, O Coração Imaculado, A Natividade de Maria, Nossa Senhora das Dores, O Santíssimo Rosário, A Maternidade de Maria, A Apresentação da Santa Virgem.
3. Aqueles que devotadamente rezam o Terço na presença do Santíssimo Sacramento, publicamente exposto ou mesmo guardado no sacrário, na mesma freqüência que fazem isto podem obter:
* Uma indulgência plenária, em condição de Confissão e Comunhão.
Os fiéis que em qualquer momento do ano devotadamente oferecem as suas orações em honra de Nossa Senhora do Rosário, com a intenção de continuarem a fazê-lo por 9 dias consecutivos, podem obter:
* Uma indulgência de 5 anos, uma vez, em qualquer dia da novena.
* Uma indulgência plenária na condição do término da novena.

Os fiéis que desejarem fazer uma prática devota em honra de Nossa Senhora do Rosário por 15 Sábados ininterruptos ( ou se nesses sendo impedidos, em cada Domingo imediatamente seguinte) se devotadamente recitam pelo menos um Terço do Rosário ou meditam sobre os Mistérios em qualquer outro modo, podem obter:
* Uma indulgência plenária em qualquer destes 15 Sábados, ou Domingos correspondentes, nas mesmas condições.
Os fiéis que no mês de Outubro recitam pelo menos um Terço, em público ou privado, podem obter:
* Uma indulgência de sete anos a cada dia.
* Uma indulgência plenária, se cumprem esta prática na Festa do Rosário e em toda a Oitava (oito dias seguintes), e além disso, se confessam, recebem a Comunhão e visitam uma Igreja.
* Uma indulgência plenária com acréscimo de Confissão e Comunhão e visita a uma Igreja, se cumprirem esta oração do Rosário por pelo menos 10 dias depois da Oitava da Festa de Nossa Senhora do Rosário.

Uma indulgência de 500 dias pode ser obtida uma vez por dia pelo fiel que, beijando um Rosário bento, que traga consigo, reze ao mesmo tempo, recitando a primeira parte da Ave Maria até “Jesus”.

A mais antiga oração a Nossa Senhora


Um fragmento de papiro egipciano do século III, medindo 18 x 94cm, foi adquirido pela Biblioteca John Ryland, de Manchester, na Inglaterra. Mas apenas em 1917 identificou-se o seu conteúdo: tratava-se de uma oração dirigida a Nossa Senhora.
Esta oração é a seguinte:
“À vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus;
não desprezeis as nossas súplicas
em nossas necessidades,
mas livrai-nos sempre de todos os perigos,
ó Virgem gloriosa e bendita. Amém.”
Retirado do Livro “Com Maria, A Mãe de Jesus”, de Dom Murilo S.R.Krieger, scj (pág. 200)
“Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve!
A vós bradamos, os degredados filhos de Eva;
A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei;
e depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre,
ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria”.
No século XI, vivia num mosteiro, perto do lago de Constança, Suíça, o
monge Germano Contractus. Paralítico desde seu nascimento (18.7.1013), aos
sete anos foi confiado pelos pais aos monges do Mosteiro de São Galo para ser
instruído nas ciências e nas artes. Tempos depois foi admitido como monge no
próprio mosteiro e ficou famoso como astrônomo, físico, matemático, teólogo,
poeta e músico. Sua vida foi marcada pelo sofrimento, a ponto de escrever:
“De três modos pode-se sofrer: estando inocente, como Nosso Senhor na
cruz; estando-se culpado, como o bom ladrão; e para fazer penitência. Eu quero
carregar minha cruz para satisfazer por meus pecados e pelos pecados dos
outros. É este o meio mais seguro de se chegar à glória do céu. Mas, sinto-me
muito fraco. O demônio quer fazer-me vacilar. Mãe do céu, ajudai-me, para
que, como vós, eu não murmure e não me queixe, mas reconheça no sofrimento
uma prova do amor de Deus.”
Dia 15 de novembro de 1049, sofrendo de modo especial, rezou em sua
cela, diante de um quadro de Nossa Senhora, por quem tinha uma devoção
especial. Em seu coração, nasceu a prece: “Salve, Rainha, Mãe de misericórdia,
vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de
Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas”.
Pouco depois, entrou em sua cela o irmão enfermeiro. Germano
manifestou-lhe o desejo de ir à capela, dedicada a Nossa Senhora. Ali,
continuou sua meditação e prece. Rezou: “Eia, pois, advogada nossa, esses
vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e, depois deste desterro, mostrai-nos
Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce Maria!”
A expressão “sempre virgem” – “ó doce sempre Virgem Maria” – foi
acrescentada mais tarde.
A partir daí, multidões de fiéis passaram a rezar essa oração, que se
tornou uma das mais populares preces marianas. Mereceu até um belíssimo livro,
Glórias de Maria, de Santo Afonso de Ligório, bispo, fundador da Congregação
Redentorista e doutor da Igreja.
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