O semeador semeia a palavra
Hoje escutamos dos lábios do Senhor a
“Parábola do semeador”. A cena é totalmente atual. O Senhor não deixa de
“semear”. Também nos nossos dias é uma multidão a que escuta a Jesus pela boca
de seu Vigário — o Papa—, de seus ministros e... de seus fieis laicos: a todos
os batizados Cristo nos outorgou uma participação em sua missão sacerdotal. Há
“fome” de Jesus. Nunca como agora a Igreja tem sido tão católica, já que sob
suas “asas” abriga homens e mulheres dos cinco continentes e de todas as raças.
Ele nos enviou ao mundo inteiro (cf. Mc 16,15) e, apesar das sombras do
panorama, se fez realidade o mandato apostólico de Jesus Cristo.
O mar, a
barca e as praias são substituídos por estádios, telas e modernos meios de
comunicação e de transporte. Mas Jesus é hoje o mesmo de ontem. O homem não
mudou, nem a sua necessidade de ensinar a amar. Também hoje há quem — por graça
e gratuita escolha divina: é um mistério!— recebe e entende mais diretamente a
Palavra. Como também há muitas almas que necessitam uma explicação mais
descritiva e mais pausada da Revelação.
Em todo caso, a uns e outros,
Deus nos pede frutos de santidade. O Espírito Santo nos ajuda a isso, mas não
prescinde de nossa colaboração. Em primeiro lugar, é necessária a diligência. Se
nós respondemos a meias, quer dizer, se nós mantemos na “fronteira” do caminho
sem entrar plenamente nele, seremos vítima fácil de Satanás.
Segundo, a
constância na oração — o diálogo—, para aprofundar no conhecimento e amor a
Jesus Cristo: «Santo sem oração...? — “Não acredito nessa santidade» (São
Josémaria).
Finalmente, o espírito de pobreza e desprendimento evitará
que nos “afoguemos” pelo caminho. As coisas esclarecidas: «Ninguém pode servir a
dois senhores... » (Mt 6,24).
Em Santa Maria encontramos o melhor modelo
de correspondência à chamada de Deus.
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)